quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Dilema

Por onde começar?! Vamos lá!

Sou jovem, tenho 23 anos, nascido e criado dentro de uma Assembléia de Deus. Desde pequeno fui ensinado e guiado pela doutrina pentecostal, mas não por um ensino cego, afinal, meus pais me ensinaram que antes de denominações e placas, antes de segmentos teológicos, antes de tudo, o amor á Deus é o mais importante.

Posso dizer que já vi de tudo dentro do meio pentecostal, e que conheço superficialmente o tradicionalismo e um pouco mais á fundo o neopentecostalismo. Adoro as mensagens de alguns calvinistas, embora eu seja arminiano. Gosto do entretenimento neopentecostal e admiro a filosofia pentecostal, de busca por fogo em detrimento do emocionalismo. Digo também que algumas idéias emergentes me fascinam, principalmente a questão da missão integral. Dito isto, tenho me encontrado em uma encruzilhada.

Sinceramente, eu não me encaixo em nenhum segmento, embora seja membro de uma Assembléia de Deus. Eu gosto um pouco de cada, e também rejeito coisas que esses segmentos ensinam. Eu não acho que um culto deva seguir uma liturgia programada, mas também exijo respeito e temor na adoração a Deus. Não creio que a fé se resuma a crer que sou predestinado ou que tenho o livre arbítrio, álias, pra mim isso é bobagem. O que importa não é amar á Deus? Pois quem ama, segue os seus mandamentos. Pronto! Pra quê complicar, fazendo guerra teológica?!

Eu creio que a igreja deve atuar de modo forte e eficiente na ação social e na busca de suprir os mais necessitados, mas não podemos esquecer que nem só de pão vive o homem. Não acredito que quanto mais roupa eu colocar, mais santo sou, mas me vestir de modo indecente é ridículo. Acredito na benção de Deus sobre os seus filhos, mas barganhar com Deus é no mínimo heresia.

Enfim! Acredito no poder do Espírito Santo, mas não nessas bizarrices que tem por aí. Acredito em uma vida santa, mas não nessa busca em viver dentro de uma bolha. Creio nos fundamentos do evangelho, mas não nos fundamentos da tradição.

Vivo esse dilema, que ás vezes me tortura e me faz parar e refletir.

Você também tem vivenciado isso?